Em Caruaru, criação de empregos formais cai no primeiro semestre
Crise internacional, produtos chineses e falta de qualificação profissional são os principais motivos
A criação de empregos formais caiu nesse primeiro semestre, em relação ao ano passado. A queda foi sentida em todo o país. Em Caruaru, os números também foram menores este ano. Mesmo assim, muitas empresas ainda oferecem vagas com carteira assinada. Muitas só não conseguem ocupá-las por causa da falta de qualificação profissional.
Em caruaru, uma fábrica produz, por mês, 60 mil toneladas de pipoca e salgadinhos de milho. Os clientes estão no interior de Pernambuco e em Alagoas. Atualmente, há 45 funcionários e três estão prestes a serem contratados. Um deles é Cleyton César, que está na expectativa para ocupar a vaga de embalador. “Eu estava desempregado há seis meses e recebi esta oportunidade. Agora, estou na expectativa de ser contratado”, disse.
No primeiro semestre de 2012, foram abertas 1185 vagas de empregos em Caruaru. 45% a menos que no mesmo período do ano passado, quando foram criadas 2.152. O setor que mais contratou foi o de serviço, com 591 contratações, seguido do comércio, com 385. Em terceiro lugar ficou a indústria, que registrou 98 contratações.
Para Francisco Reginaldo, gerente do Ministério do Trabalho, em Caruaru, há explicações para essa redução. “Principalmente, em razão da crise econômica internacional, que tem afetado fortemente a indústria nacional e, como consequência, a indústria de confecção local. Além disso, há a concorrência dos produtos chineses, que têm acarretado redução da produção regional. Assis, há a redução de empregos”, explicou,
Outro motivo é a falta de qualificação. Numa outra indústria de Caruaru, por exemplo, onde são fabricadas peças em jeans, há vagas. Mas os candidatos não atendem aos requisitos exigidos para preenche-las. Há um mês, 10 vagas estão em aberto para costureira e nada de serem preenchidas.
“Geralmente, só exigimos o básico em costura. Temos vagas em diversas áreas, mas a pessoa não tem a qualificação para trabalhar em determinado setor”, disse Fernando Ribeiro, gerente administrativo da fábrica.